CONSCIÊNCIA NEGRA - 20 DE NOVEMBRO
O Dia Nacional da Consciência Negra é celebrado, no Brasil, em 20 de novembro. Foi criado em
2003 pelo projeto de
lei número 10.639, no dia 9 de janeiro de 2003 e
instituído em âmbito nacional mediante a lei nº 12.519, de 10 de novembro de 2011.
A data faz referência à morte de Zumbi, o então líder do Quilombo dos Palmares –
situado entre os estados de Alagoas e Pernambuco, na região Nordeste do Brasil.
Zumbi foi morto em 1695, na referida data, por bandeirantes liderados por Domingos
Jorge Velho.
A homenagem a Zumbi foi mais do que justa,
pois este personagem histórico representou a luta do negro contra a escravidão,
no período do Brasil Colonial. Ele morreu em combate, defendendo seu povo e sua
comunidade. Os quilombos representavam uma resistência ao sistema escravista e
também um forma coletiva de manutenção da cultura africana aqui no Brasil.
Zumbi lutou até a morte por esta cultura e pela liberdade do seu povo.
O dia 20 de novembro serve como um
momento de conscientização e reflexão sobre a importância da cultura e do povo
africano na formação da cultura nacional. Os negros africanos colaboraram
muito, durante nossa história, nos aspectos políticos, sociais, gastronômicos e
religiosos de nosso país. Essa data, no entanto serve como alerta, acerca dos
problemas que afetam o cotidiano dos negros ainda hoje, mais de um século
depois da abolição da escravatura. É uma data, portanto, para a reflexão de
todos brasileiros. Durante o período da escravidão os negros sofreram inúmeras
injustiças. E às custas do seu sofrimento nas senzalas, nos campos e nas
cidades, foi erguido o que havia no Brasil daquela época. Veio a abolição, e os
negros, contudo, continuam em situação de desigualdade, ocupando as funções
menos qualificadas no mercado de trabalho, sem acesso às terras ancestralmente
ocupadas no campo e na condição de maiores agentes e vítimas da violência nas
periferias das grandes cidades. O
Brasil, ainda não conseguiusaldar a dívida histórica com os descendentes dos
homens e mulheres africanos feitos cativos ao longo de mais de três séculos.
Isto porque, aos escravos libertos naquela ocasião, assim como a seus
descendentes, não foram asseguradas garantias que os livrassem das amarras
econômicas, sociais e políticas que continuam a caracterizar a existência de
negras e negros brasileiros até hoje.
Agora convido todos vocês a ficarem de pé
para cantarmos o Hino Nacional
Januária é um município brasileiro do estado de Minas Gerais
localizada ao lado esquerdo do rio São Francisco. Conta com uma população de cerca
de 67.800 habitantes, sendo a 3º em
população geral do Norte de Minas, sendo também a 54º maior do estado. Sua economia
concentra-se na agricultura, pecuária e nos serviços gerais. Januária é uma das
principais cidades do Norte de Minas, sendo cidade-polo da microrregião do alto
médio São Francisco.
O
artesanato da
região é passado de geração em geração como forma de sobrevivência. De origem indígena, tem
características primitivas, conservando sua forma pura. A matéria-prima
utilizada é extraída da natureza. São utilizados barro, fibras vegetais,
madeira, flandres ou folhade
zinco,
couro,
algodão. O artesanato pode ser encontrado na Casa do
Artesão,Casa da Memória,Centro de Artesanato e Mercado Municipal.
A
culinária regional apresenta vários pratos saborosos, como o arroz com pequi,
carne de sol, moquecas de surubim, pão de queijo, angu com quiabo, paçoca,
galinha ao molho pardo, feijão tropeiro com torresmo, beiju, rapadura,
panelada, picado de arroz, dourado assado, vários pratos feitos com o
tradicional surubim do Rio São Francisco, e ainda saborosas frutas do cerrado,
como umbu, pinha, tamarindo, fruta do conde, coquinho, cagaita, caju, cajuí,
maxixe, cabeça-de-nego, buriti, babaçu, fava-d’anta, jenipapo, anajá,
banana-caturra, utilizados na produção artesanal de sucos, licores e doces.
O folclore de Januária é bastante
expressivo, e muitas das expressões folclóricas continuam puras, preservadas de
influência externa.
Nesse
sentido, iremos prestigiar nesse momento a apresentação dos alunos Elison,
Nilson, Jenifer e Keila com a coordenação da intérprete Andressa.
ALEGRE ESCOLA
A professora Raimunda
que leciona nos anos iniciais, teve a ideia de fazer uma música que
homenageasse a Escola Estadual Antônio Corrêa e Silva e o Povoado do Alegre.
Assim sendo, procurou o diretor Odair Nunes de Almeida, que fez um levantamento
da história da escola e comunidade que em seguida foi repassado para o músico
Choquito para elaborar a letra. Os músicos Wilian e Mailson elaboraram o
arranjo e harmonia da música.
Convidamos, agora, as alunas da Escola
Estadual Antônio Corrêa e Silva dos Anos Finais para cantar e dançar, a música
"Alegre Escola" com a coordenação da professora Thaisa.
PUXADA DE REDE
A Puxada de Rede era a atividade pesqueira dos negros
recém-libertos, que encontraram na pesca uma forma de sobreviverem.A puxada
da rede era acompanhada de cânticos na maioria em ritmo triste que
representavam o labor e a dificuldade da vida daqueles que tiram o seu sustento
do mar ou rio.
Além dos cânticos, os atabaques e
as batidas sincronizadas dos pés davam o ritmo para que os homens não
desanimassem e continuassem a puxar a enorme rede, o que paradoxalmente dava um
ar de ritual e beleza àquela atividade. Quando enfim terminavam de puxar a
rede, eram entoados cânticos em agradecimento à pescaria e o peixe era
partilhado entre os pescadores.
Convidamos,
nesse momento, os alunos do 3° ano do Ensino Médio para a apresentação da
Puxada de Rede com a coordenação dos professores Glauciana e Marlúcio.
FARINHADA
A MúsicaFARINHADA, foi gravada por Luiz Gonzaga, em
1982, no LP "Eterno Cantador”.
Cantor e compositor, Luiz Gonzaga, conhecido
como o “Rei do Baião” gravou 56 discos e compôs mais de
500 canções.
Esta dança representa o
fato social da Farinhada, onde as pessoas das comunidades se reuniam nos
engenhos próximos para fazer a farinha e seus derivados.
Essa toada fala de uma
alimentação básica do caboclo, a farinha de mandioca e dos namoros que
aconteciam nesses momentos de encontro, onde toda a comunidade se reunia pra processar
a mandioca. Esse costume é preservado até os dias atuais e ainda permanece como
fonte de renda de inúmeras famílias do meio rural.
"NA FARINHADA
NA CASA
DO ZÉ TEIXEIRA
NAMOREI
UMA CABOCLA
NUNCA
VI TÃO FEITICEIRA"
Agora
iremos prestigiar a apresentação das alunas do 8° ano dos anos finais com a
música Farinhada (Dança da Peneira) sob a coordenação das professoras Rosimeire
e Mariluce.
COROA IMPERIAL - MARACATU
O Maracatu relembra a coroação,pelos
escravos, de seus reis, as chamadas coroações dos reis-de-congo. O nome deriva de maracá, instrumento musical
utilizado nesse folguedo.
Com a libertação dos escravos, o Maracatu passou a integrar o carnaval.
Em muitos deles, também se fazem presentes figuras representativas dos orixás
do Candomblé. Do cortejo, fazem parte rei e rainha, dançarinas com roupas
típicas de baianas, o porta-estandarte, entre outros.
Com vocês, a
apresentação dos alunos do Programa Educação
Integral anos iniciais, com a coordenação das professoras Sidnéia e
Rosileny.
MACULELÊ
Maculelê é uma manifestação
cultural oriunda da Bahia. É uma expressão teatral que conta através da
dança e de cânticos, a lenda de um jovem guerreiro, que sozinho conseguiu
defender sua tribo de outra tribo rival usando apenas dois pedaços de pau,
tornando-se o herói da tribo. É um tipo de dançafolclórica brasileira de origem afro-brasileira e indígena.
Hoje
o maculelê se mantém preservado graças à sua incorporação por grupos de
capoeira, que incluíram a dança nas suas apresentações em batizados e festas
populares. O maculelê faz parte do folclore brasileiro e deve ser preservado
como patrimônio cultural, assim como a capoeira. Deve ser mantido e respeitado
como tradição. Seja ela trazida por nossos irmãos africanos ou criada pelos
nativos indígenas, a beleza do maculelê traz em si os traços da miscigenação
cultural de um país onde a cultura é a mais rica do mundo.
Nesse momento vamos prestigiar a apresentação das
alunas do Ensino Médio, com a coordenação do professor do PROJOVEM Manoel Dias.
NEGRO NAGÔ
A música Negro Nagô, fala da importância
em se construir um lugar social para o negros. Essa letra é uma invocação nos
momentos de meditação, de religiosidade e de inspiração de fortalecimento na
caminhada. As energias das vozes, do canto, da dança e da corporeidade que emanam
naqueles momentos alimentam a alma negra.
"Tem que acabar com essa
história
De negro ser inferior
O negro é gente e quer escola
Quer dançar samba e ser doutor"
Dessa forma, iremos assistir
nosso próximo número, com os alunos do 6° ano do ensino fundamental, com
a dança Negro Nagô, sob a coordenação dos professores Filomeno e Patrícia.
SAMBA DE RODA – TÁ CAINDO FULÔ
A
música "Tá Caindo Fulô" é de autoria de Kátya Teixeira, cantora,
compositora e instrumentista. É uma pesquisadora da cultura popular. Seu
trabalho muito singular de recolhimento do folclore de várias regiões
brasileiras, uma voz forte e bonita, transmite uma alegria de viver em sua
música recheada de vários brasis.
Agora iremos prestigiar a apresentação das alunas do 2° ano dos anos
iniciais com a música "Tá Caindo Fulô" sob a coordenação das
professoras Raimunda e Leondina.
TEXTO
INFORMATIVO
Os
professores coordenadores de turma, juntamente com a professora coordenadora do VII CANTA E DANÇA, equipe pedagógica e
direção da E.E. Antônio Corrêa e Silva informa a todos os presentes que depois
de várias tentativas em fazer com que os alunos do 9º ano participassem do
evento não houve interesse por parte desses alunos. A “dança do coco” que foi
destinado no primeiro momento para o 9º ano será apresentada pelos alunos do 2º
ano do Ensino Médio, que além de apresentar a dança do Reis de Caixa,
demonstraram a maior boa vontade em apresentar também a “Dança do Coco”. Fica
os parabéns da direção, equipe pedagógica, professores à todos os alunos que
estão apresentando neste evento.
DANÇA DO COCO PENERUÊ
Dança tradicional do Nordeste, o coco de
roda tem sua origem na união da cultura negra com os povos indígenas no Brasil.
Apesar de frequente no litoral, acredita-se que o coco surgiu no interior,
provavelmente nos quilombo, a partir do ritmo originado da quebra dos cocos
para a retirada da amêndoa, com sua dança e tradição musical cantada, tornou-se
um modo privilegiado de transmissão e manutenção do conhecimento e da tradição
popular.
Os instrumentos mais utilizados no
coco são os de percussão: ganzá, bombos, zabumbas, caracaxás, pandeiros e
cuícas. Para se formar uma roda de coco, no entanto, não é necessário todos
estes instrumentos, bastando as vezes as palmas ritmadas dos seus participantes
e uma cuia de coco.
Nesse momento convidamos com muito
orgulho os alunos do 2° ano do Ensino Médio sob a coordenação dos professores
Marta e João Welligton, para apresentar a música Coco Peneruê.
MORENA DA ANGOLA - ELBA RAMALHO
“Morena
De Angola” é uma canção escrita pelo cantor e compositor brasileiro Chico
Buarque de Holanda e originalmente interpretada por Clara Nunes. A canção conta
a história de uma morena que "leva o chocalho amarrado na canela". Na
dança conhecida como Moçambique, um pequeno chocalho feito de palha trançada,
cujo interior é cheio de pedras ou garrafas, costuma ser amarrado nas canelas
dos dançarinos, à maneira de algumas tribos africanas. Há também uma referência
à receita de galinha à cabidela, prato tradicional de ex-colônias portuguesas
no qual se cozinha o arroz junto com o sangue e a carne do animal. O verso
"Passando pelo regimento, ela faz requebrar a sentinela"faz
referência à Guerra Civil Angolana, indicando que os sentinelas não resistiriam
ao requebrado da morena.
Nesse momento convidamos com muito
orgulho os alunos dos anos finais da Escola Estadual Onésimo Bastos sob a
coordenação da professora Tânia para apresentação da música Morena da Angola.
REIS DE CAIXA
Folia de Reis, Reisado,
ou Festa de Santos Reis é uma manifestação cultural religiosa festiva
e classificada, no Brasil,
como folclore;
praticada pelos adeptos e simpatizantes do catolicismo.
A Folia de Reis, herdada dos
colonizadores portugueses e desenvolvida aqui com características
próprias, é manifestação de rara beleza. Os versos são preservados de geração
em geração por tradição oral.
Os instrumentos utilizados
são: viola, violão, sanfona, reco-reco, chocalho, cavaquinho, triângulo,
pandeiro e outros instrumentos.
Nesse momento
convidamos os alunos do 2° ano do Ensino Médio sob a coordenação dos professores
Marta e João Welligton, para apresentar
a Folia de Reis.
ARRIBA A
SAIA
Essa música é de domínio público, recolhidas por
Val Ribeiro e Dona Santa nos arredores de Januária, onde gravaram um cd chamado
"Dos Quintais da Saudade". Essa cantiga é transmitida de geração em
geração pelas lavadeiras, que entoavam cânticos para amenizar o trabalho árduo
na beira do Velho Chico.
Com
vocês agora, a apresentação dos alunos do 7° ano do ensino Fundamental, com a
coordenação de Cristiane e Carlos Alberto.
SAMBALELÊ
O samba é um gênero
musical, que deriva de um tipo de dança,
de raízes africanas,
surgido no Brasil, é considerado uma
das principais manifestações culturais populares brasileiras. Dentre suas características
originais, possui dança acompanhada por pequenas frases melódicas e refrãos de
criação anônima, alicerces do samba
de roda nascido no Recôncavo Baiano. Apesar
de ser um gênero musical resultante das estruturas musicais européias e
africanas, foi com os símbolos da cultura negra brasileira que o samba se
alastrou pelo território nacional.
Sambalelê é uma cantiga de roda que
tem origem brasileira, difundida em Portugal e na Espanha, sem um significado
específico. Tem uma letra simples de
memorizar, é recheada de rimas, repetições e trocadilhos, o que faz da música
uma brincadeira.
Agora vamos prestigiar a apresentação do 1° Ano
dos Anos Iniciais, com a coordenação de Maria José e Leondina.
DANÇA DO BALÃO VERMELHO
Ciranda
de roda, que conta e canta os galanteios de tempos passados, onde cita a beleza
das moças ribeirinhas do Velho Chico.
Com vocês agora, a apresentação dos
alunos do Programa Educação Integral
anos finais sob a coordenação de Fabíula, Cleverson, Élica e Edenilson.
PAU DE FITAS
No Brasil
teve grande popularidade durante as festas de Reis, do Divino e do Natal
recebendo nomes diversos. Na nossa região, é uma dança religiosa realizada nas
festas de São João.
Nesse
momento convidamos os alunos do 1° ano Jorge Amado do Ensino Médio sob a
coordenação dos professores Rafael, Lúcia e Márcia para apresentar a dança
típica Pau de Fitas.
DANÇA DO BOI
Do Nordeste, a Dança do Boi prima pela riqueza e
diversidade do figurino e dos elementos rítmicos e coreográficos. É usado o
termo "sotaque" para as músicas que acompanham os bois. O que os
distingue são os instrumentos musicais utilizados e a cadência do ritmo imprimido
a cada espécie.
Nesse
momento convidamos os alunos do Programa Educação Integral , Anos Finais sob a
coordenação dos professores Élica, Edenilson, Fabíula e Cleverson para apresentar a Dança Regional do Boi.
MINHA NAMORADA – UMA MOÇA LINDA
Essa música
é de Domínio Público, resgatada em Januária e arredores por Val Ribeiro e Dona
Santa e compõe o CD "Dos Quintais da Saudade".
Agora vamos prestigiar a apresentação do 1° Ano
Monteiro Lobato do Ensino Médio, com a coordenação de Thaisa, Roberta e Délcio.
REIS DA CIGANA
O
Reisado, que tem origem portuguesa e data do século XVIII, constitui-se num dos
mais tradicionais folguedos folclóricos, adquirindo formas singulares de acordo
com os costumes de cada região e a identidade cultural do lugar sem deixar de preservar
o enredo principal do auto natalino, que é a dramatização da visita dos três
reis magos ao Menino Jesus, interpretada por grupos que se fantasiam e saem de
porta em porta, anunciando a chegada do Messias, tocando e cantando músicas
folclóricas em troca de comida e bebida. Este é o reis da cigana, da localidade
do Riacho da Cruz,historia morta a mais de 30 anos e resgatada pela professora
Adélia dos Santos Dias. Professora do Ensino Fundamental. Este é o famoso reis
da cigana da senhora Lucinda.
Agora vamos prestigiar a apresentação dos alunos
do 3°, 4° e 5° Anos dos Anos Iniciais, com a coordenação das professoras
Adélia, Fabiana e Eleusa.
MÚSICA: RIO DAS ÁGUAS MORENAS - ZANONI
Música do Cantor e
Compositor Januarense Zanoni Campos,
fala da beleza e exuberância do Rio São Francisco.
Nesse momento vamos prestigiar nossa última
apresentação com aluna Ennedy, sob a coordenação da intérprete Andressa.